O Governo do Estado anunciou um pacote de medidas durante o aniversário de 24 anos do Sindiex, na última quarta-feira (11), no Itamaraty Hall, que poderá trazer certo alívio à cadeia de comércio exterior capixaba, aumentando a competitividade das empresas e reduzindo custos.

Dentre as ações citadas estão a assinatura de decreto que traz mudanças sobre produtos importados distribuídos pelo Espírito Santo, assim como projeto de lei que prorroga por mais um ano o uso da caução do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) para o pagamento do frete marítimo.

O vice-governador do Estado, César Colnago, ressaltou a importância do setor de comércio exterior para a economia capixaba, e enfatizou o trabalho de controle de gastos desenvolvido desde o início do mandato da atual administração, colocando o Espírito Santo como exemplo em gestão no Brasil. “Somos referência nacional de planejamento de governo”, disse.

O assessor para assuntos internacionais do Governo do Estado, o embaixador José Carlos da Fonseca Junior, descreveu a reunião realizada na manhã da quarta-feira do governador Paulo Hartung com os representantes do Sindiex, do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) e do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), com o intuito de formatar um canal constante de diálogo para buscar melhorias para o segmento de comércio exterior.

Ele lembrou ainda de alguns projetos acompanhados pelo governo, mesmo diante das dificuldades econômicas e políticas enfrentadas pelo país, de desenvolvimento do setor, como a retomada da obra do aeroporto, a alteração da poligonal que possibilitou a expansão do Portocel, além de apostas em empreendimentos como da MLog (antigo Manabi) e do Porto Central.

O segmento de comércio exterior é responsável hoje por 50% do PIB capixaba e é referência nacional. O setor, que teve o auge das importações logo após a abertura do mercado, em 1993, sofreu um baque com a Resolução 13 do Senado Federal, em 2013, que alterou as alíquotas de ICMS das operações interestaduais de produtos importados. Do ano passado até hoje, além da crise econômica interna, o segmento sofre com a falta de infraestrutura, principalmente portuária.